sábado, 28 de abril de 2012

Filosofia da Educação (ED05)


A filosofia da educação é o estudo dos objetivos, dos processos, da natureza e dos ideais da educação. Pode estar dentro do contexto da educação como uma instituição social ou mais amplamente como o processo de crescimento existencial humano, isto é, como é que nossa compreensão do mundo é continuamente transformada (seja através dos fatos, dos costumes sociais, das experiências, ou mesmo das nossas próprias emoções).
A palavra educação pode ser derivada, alternadamente, de dois termos do latim: educere e educare. A primeira tem o sentido de “conduzir exteriormente”, a segunda tem o sentido de “criar” ou “alimentar”. É interessante notar que nenhuma das partes dessa etimologia dupla é dispensável. Optando por educere temos uma acepção de educação em que são importantes as regras exteriores ao aprendiz. Adotando educare a acepção de educação é a que espera ver o aprendiz colocando regras para si mesmo.
 Ora, em termos de filosofia da educação, as duas grandes linhas mestras na pedagogia coincidem com essa dupla etimologia. Há uma pedagogia que acredita que a educação se realiza como uma maneira de tornar o aprendiz aquele que assimila regras que não são suas, mas que passarão a ser suas e que, por isso mesmo, o tornarão uma pessoa educada. Há uma outra pedagogia que entende a educação como uma maneira de tornar o aprendiz capaz de forjar suas próprias regras e, tendo isso ocorrido, ele pode se considerar uma pessoa educada.


ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. São Paulo: Moderna, 1996. 

“Teoria dos dois mundos” defendida por Platão (AVA05)


Em que consiste a “Teoria dos dois mundos” defendida por Platão?



Com um toque de seu mestre Sócrates, de quem Platão aproveita a noção de logos, está criada a teoria platônica e a distinção dos mundos sensíveis e inteligíveis.
Platão afirma haver dois mundos diferentes e separados: 1) o mundo sensível, dos fenômenos e acessível aos sentidos; e 2) o mundo das idéias gerais (inteligível), "das essências imutáveis, que o homem atinge pela contemplação e pela depuração dos enganos dos sentidos".
Para explicar melhor sua teoria, Platão cria no livro VII da República o mito da Caverna, segundo o qual imagina uma caverna onde estão os homens acorrentados desde a infância, de tal forma que não podem se voltar para a entrada e apenas enxergam uma parede ao fundo. Ali são projetadas sombras das coisas que se passam às suas costas, onde há uma fogueira. Platão afirma que se um dos homens conseguisse se libertar e contemplar a luz do dia, os verdadeiros objetos, ao voltar à caverna e contar as descobertas aos companheiros seria dado como louco.
No mito podemos associar os homens presos à população e o homem liberto a um filósofo. Os homens presos conhecem apenas o mundo sensível, já o liberto conheceu a verdadeira essência das coisas, conheceu o mundo das idéias.
O mundo material, assim, somente se torna compreensível através da hipótese das idéias, mas tal afirmativa deixa em voga um problema, já que a existência do mundo das idéias não basta a si mesmo. É necessário admitir um conhecimento das idéias incorpóreas que antecedem o conhecimento fornecido pelos sentidos, que por sua vez, somente alcançam o corpóreo.
Platão procura responder este problema no "Mênon", quando explica que o intelecto pode aprender as idéias porque ele é, também, como as idéias, incorpóreo. A alma, antes de prender-se ao corpo, teria contemplado as idéias com os deuses. Com isso Platão afirma a imortalidade.
Daí, no entanto, surge outro problema, que o próprio Platão levantou no diálogo "Parmênides".
Se a imortalidade liga a alma às idéias, como explicar o relacionamento entre as formas e os objetos físicos, entre o incorpóreo e o seu oposto, o corpóreo?
A relação entre as formas e os objetos físicos que lhe são correspondentes é a outra grande questão levantada por Parmênides. Platão procura resolvê-la através das noções de participação (por exemplo: um animal só é um animal enquanto participa da idéia de animal em si) e a de imitação, mas ele próprio cria diversas objeções a essas noções, muitas das quais serão usadas por filósofos posteriores, incluindo seu discípulo Aristóteles.
A teoria apresentada por Platão, embora tenha deixado algumas perguntas em aberto (fato que motivou duras críticas de Aristóteles), e algumas respostas ainda hoje não totalmente compreendidas (como é o caso da imortalidade da alma e reencarnação), é, sem dúvida, um grande marco para a Filosofia.
A construção do conhecimento platônico é uma conjugação de intelecto e emoção, de razão e vontade; a episteme é fruto de inteligência e de amor.

http://dilamarinformaticaueg-dilamar.blogspot.com.br/2012/05/em-que-consiste-teoria-dos-dois-mundos.html

Teoria da “Maiêutica” defendida por Sócrates (AVA04)


O método socrático, como é denominado, consiste numa dialética, em que a discussão se desenvolve em dois tempos, - a ironia e a maiêutica. A ironia socrática consiste em perguntar, fingindo desconhecer o assunto (= dúvida fictícia e metódica), com vistas a refutar a tese contrária e preparar a tese verdadeira. A maiêutica de Sócrates conduz o interlocutor a descobrir paulatinamente o conhecimento sobre o objeto de discussão. No caso de Sócrates que supunha haver ideias inatas, a maiêutica consistia, mais precisamente, em fazer recordar, despertando os conhecimentos virtualmente possuídos. Como método, a dialética vinha sendo praticada pelos últimos pré-socráticos, como Zenão de Eléia e especialmente os sofistas. Sócrates imprime a ela uma peculiaridade própria, em vista de seu temperamento irônico e seu propósito de combater os sofistas. Além disto, a maiêutica era caracterizada pela sua concepção inatista, bem como pelo fato de havê-la denominado em função à profissão de sua mãe, que era parteira.
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/protagoras/links/met_socrat.htm 


Método Pedagogizador e a prática educacional voltada para intersubjetividade (AVA03)


Método Pedagogizador e a prática educacional voltada para intersubjetividade
Conhecimento baseado na perspectiva da razão instrumental promoveu uma educaçãovcom estilo pedagogizador, que se resume a instruir, reproduzir um tipo de conhecimento que não é relevante para as reais necessidades do aluno. Esse modelo de educação tem sido pensado como um dos maiores desafios da contemporaneidade, e os seus críticos vem tentando superar este estilo na educação.


Vem se constituindo, lentamente sob um novo discurso pautado pela transformação.
Mas ainda caminha sob a sombra do modelo “pedagogizador”, uma vez que não basta somente mudar o discurso, é preciso efetivar os discursos mediante a ação comunicativa.
Para inverter o modelo de educação pautado por este estilo, torna-se necessário fazermos propostas para uma educação mais consistente e comprometida com uma efetiva emancipação do sujeito. Dessa forma, acreditamos que uma prática
pedagógica associada à Teoria da Ação Comunicativa pode contribuir para um pensar crítico em prol de uma educação voltada para a formação do sujeito emancipado, sensível e ético.
Assim, a prática da intersubjetividade no campo da educação supera o modelo pedagogizador ao produzir indivíduos mais livres, autônomos, capazes de avaliar seus atos à luz dos acontecimentos, à luz das normas sociais legítimas e legitimadas pelos processos jurídicos e políticos, usando suas próprias cabeças, e tendo propósitos lúcidos e sinceros, abertos à crítica. A partir da Teoria da Ação Comunicativa, pode-se conceber o espaço da escola, como o lugar de exercitar a intersubjetividade entre aluno/professor/escola/família e comunidade, com o intuito de discutir os rumos da sociedade, isto é, a partir do momento em que os indivíduos se perceberem como sujeitos e atores sociais, poderão pensar que a sociedade pode ser de outra maneira, e agir de outra maneira, refletindo sobre os problemas da sociedade, interpretando, participando, dialogando, enfim, buscando o consenso em torno dos interesses comuns.


Intersubjetividade: entende-se a comunicação das consciências individuais, umas com
outras, efetuando-se sob o fundo da reciprocidade.
A prática da intersubjetividade segundo a proposta da Teoria da Ação Comunicativa permite a conciliação de dois mundos: o mundo do sistema e o mundo da vida, onde a teoria e a prática estão interligadas através de ações concretas, numa dinâmica comunicativa entre os atores envolvidos visando novas racionalidades. Nesse sentido, um modelo de educação calcado na intersubjetividade é o mais apto para a construção de pessoas realmente esclarecidas, criativas e autônomas.

http://dilamarinformaticaueg-dilamar.blogspot.com.br/2012/05/em-que-consiste-teoria-dos-dois-mundos.html

Filosofia Moderna (ED04)


Historicamente falando podemos dizer que o termo moderno antecede o período que começa no século XVII, e este termo dava a ideia de oposição ao antigo ou ao anterior, designando o atual, o presente, na verdade estabelecendo uma ruptura com a tradição.
Podemos dizer que a filosofia moderna surge em contraposição a Filosofia Medieval, por exemplo, se a Filosofia Medieval era escolástica, teológica, a moderna era humanista e antropocêntrica, isto é, em vez de pensar Deus, ou do ponto de vista de Deus, pensa-se o homem, ou do ponto de vista do homem.
Duas noções fundamentais estão ligadas ao moderno:
• A ideia de progresso, que faz com que o novo seja considerado o melhor;
• E a valorização do indivíduo, ou da subjetividade como lugar da certeza e da verdade.
Podemos dizer que quatro fatores históricos principais podem ser atribuídos a origem da Filosofia Moderna:
1. O humanismo Renascentista do Século XV;
2. A descoberta do Novo Mundo (1492);
3. A Reforma Protestante do Século XVI;
4. A Revolução Científica do Século XVII.
Além disso, outros fatores históricos contribuíram também para a formação do Pensamento Moderno, como o mercantilismo como surgimento de outro modelo econômico e o surgimento e a consolidação dos Estados Nacionais (Portugal, Espanha, Inglaterra, França, Países Baixos). Ao Analisarmos esses fatores históricos e as suas peculiaridades poderemos perceber quais as características da Filosofia Moderna.
Filosofia do Resnascimento
Filosofia do século XVII
Filosofia do século XVIII
Filosofia do século XIX


www.mundodosfilosofos.com.br/moderno.htm