sábado, 28 de abril de 2012

Filosofia Moderna - Correntes (ED03)


            O racionalismo pode ser definido como uma corrente filosófica que teve início com a definição do raciocínio que é a operação mental, discursiva e lógica. Este usa uma ou mais proposições para extrair conclusões se uma ou outra proposição é verdadeira, falsa ou provável. Essa era a ideia central comum ao conjunto de doutrinas conhecidas como racionalismo.
            Ele é a corrente central no pensamento liberal que tem por objetivo estabelecer e propor caminhos para alcançar determinados fins. Esses fins são postulados em nome do interesse coletivo, que é a base do liberalismo e que se torna também a base do racionalismo.
O racionalismo é baseado nos princípios da busca da certeza e da demonstração, sustentados por um conhecimento a priori, ou seja, conhecimentos que não vêm da experiência e são elaborados somente pela razão.

-O Racionalismo é uma corrente que defende que a origem do conhecimento é a  razão.

-Os racionalistas acreditam que só a razão pode levar a um conhecimento rigoroso.

-Os racionalistas desvalorizam os sentidos e a experiência devido à sua falta de rigor.

-Os racionalistas possuem uma visão optimista da razão porque acreditam que ela possibilita o conhecimento humano.


Descartes

-Sendo um racionalista convicto, Descartes procurou combater os cépticos e reabilitar a razão.
-Os cépticos duvidavam ou negavam mesmo que a razão pudesse conduzir ao conhecimento.
-Descartes vai procurar demonstrar que a razão é a origem do conhecimento humano.



O Empirismo

O empirismo é descrito-caracterizado pelo conhecimento científico, a sabedoria é adquirida por percepções; pela origem das ideias por onde se percebe as coisas, independente de seus objetivos e significados; pela relação de causa-efeito por onde fixamos na mente o que é percebido atribuindo à percepção causas e efeitos; pela autonomia do sujeito que afirma a variação da consciência de acordo com cada momento.

Contrariamente aos defensores do inatismo, os defensores do empirismo afirmam que a razão, a verdade e as idéias racionais são adquiridos por nós através da experiência. Antes da experiência, dizem eles, nossa razão é como uma “folha em branco”, onde nada foi escrito; uma “tábula rasa”, onde nada foi gravado.

No decorrer da história da Filosofia muitos filósofos defenderam a tese empirista, mas os mais famosos e conhecidos são os filósofos ingleses dos séculos XVI ao XVIII, chamados, por isso, de empiristas ingleses: Francis Bacon, John Locke, George Berkeley e David Hume.

Na verdade, o empirismo é uma característica muito marcante da filosofia inglesa. Na Idade Média, por exemplo, filósofos importantes como Roger Bacon e Guilherme de Ockham eram empiristas; em nossos dias, Bertrand Russell foi um empirista. 


Criticismo Kantiano

Criticismo tem origem no alemão Kritizismus, representa em filosofia a posição metodológica própria do kantismo. Caracteriza-se por considerar que a análise crítica da possibilidade, da origem, do valor, das leis e dos limites do conhecimento racional constituem-se no ponto de partida da reflexão filosófica. Doutrina filosófica que tem como objeto o processo pelo qual se estrutura o conhecimento. Estabelecida pelo filósofo alemão Immanuel Kant, a partir das críticas ao empirismo e ao racionalismo.
Influenciado pela leitura de Hume, em especial pelas criticas que este faz ao dogmatismo racionalista, Kant (1724-1804) tenta encontrar uma solução que supere a dicotomia representada pelo ceticismo empírico e pelo racionalismo.

            Tendo como pressuposto o ideal iluminista da razão autônoma capaz de construir conhecimento, Kant vê a necessidade de proceder à análise crítica da própria razão como meio de estabelecer seus limites e suas possibilidades. Podemos sintetizar o problema kantiano na seguinte pergunta: é possível conhecer o ser em si, o supra-sensível ou metafísico através de procedimentos rigorosos da razão? Por seres metafísicos ele entende Deus, a liberdade e a imortalidade.

            O primeiro passo para obter a resposta é fazer a critica da razão pura. Em suas palavras, a crítica é útil “convite feito á razão para empreender de novo a mais difícil das tarefas, o conhecimento de si mesma, e para instituir um tribunal que a garanta nas suas pretensões legítimas e que possa, em contrapartida, condenar todas as usurpações sem fundamento”.

            Para empreender essa tarefa, Kant propõe o” método transcendental”, método analítico com o qual empreenderá a decomposição e o exame das condições de conhecimento e dos fundamentos da ciência e da experiência em geral.

  

Bibliografia

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. São Paulo: Moderna, 1996. 
CHAUI, Marilene, Filosofia Novo Ensino Médio. Ed. Atica, 2005.





2 comentários:

  1. Temos o racionalismo como corrente filosófica, que iniciou com a definição do raciocínio, que é a operação mental, discursiva e lógica, e o usa como uma ou mais proposições para extrair conclusões de verdade, falsa ou provável. O racionalismo nos dá a ideia de que o conhecimento sensível é enganador e a razão é a única fonte de conhecimento válido, pelo menos para Platão (que na antiguidade, deu inicio ao pensamento racionalista) e para Descartes (considerado o pai da modernidade), que acreditam que há ideias inatas. Descartes também afirma, em uma de suas obras, que o conjunto de aptidões onde os indivíduos aprendem mais rapidamente novas informações e se revelam mais eficientes no manejo e aproveitamento adequado de conhecimentos, se podem fazer com o que através da análise lógica se descubram processos ou sistemas mais rapidamente pelo método lógico e matemático, e a análise crítica levam às respostas necessárias minimizando a necessidade do experimentalismo prático. Em sentido mais amplo e comum, racionalismo é o ato de pensar, raciocinar, fazer uso da razão, que é uma das características que distingue o homem dos outros animais que lhes são inferiores na escala evolutiva. Também o definimos como a crença na razão e na evidência das demonstrações.

    Disponível no site: http://busca.uol.com.br/web/?q=A+nova+forma+de+pensar+da+Filosofia+Moderna+&start=90. Acesso em: 24/05/2012.

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  2. A nova forma de pensar da Filosofia Moderna culminou no Racionalismo (René Descartes) e no Empirismo (Francis Bacon, John Locke, David Hume) e preparou, de certa forma, o caminho para o Criticismo Kantiano. Detalhe cada uma dessas correntes.Racionalismo clássico.O século 17 foi um dos períodos mais fecundos para a história da filosofia. Marcado pelo absolutismo monárquico (concentração de todos os poderes nas mãos do rei) e pela Contra-Reforma (reafirmação da doutrina católica em oposição ao crescimento do protestantismo), essa época acolheu as grandes criações do espírito científico, como as teorias de Galileu Galilei e o experimentalismo de Francis Bacon. Recusando a autoridade dos filósofos que o antecederam, René Descartesfoi o maior expoente do chamado "racionalismo clássico" - uma época que deu ao mundo filósofos tão brilhantes como Blaise Pascal, Thomas Hobbes,Baruch Espinoza, John Locke e Isaac Newton. Embora sempre tenha sido objeto da reflexão dos filósofos, o problema do conhecimento tornou-se mais agudo a partir do século 17. Com os filósofos modernos (em oposição aos filósofos medievais e os da Antiguidade), a teoria do conhecimento tornou-se uma disciplina filosófica independente. O pensamento passou a voltar-se para si mesmo. O pensamento (sujeito do conhecimento) passou a ser também o seu objeto. Em outras palavras: o homem começou a pensar nas suas próprias maneiras de pensar e entender o mundo. Racionalismo e empirismo Os filósofos formularam basicamente duas respostas diferentes para a questão do conhecimento - o racionalismo e o empirismo. Para os racionalistas, como René Descartes, o conhecimento verdadeiro é puramente intelectual. A experiência sensível precisa ser separada do conhecimento verdadeiro. A fonte do conhecimento é a razão. Para os empiristas, como John Locke e David Hume, o conhecimento se realiza por graus contínuos, desde a sensação até atingir as idéias. A fonte do conhecimento é a experiência sensível. O iluminismo No século 18, a razão é vista também como guia para a discussão do problema moral (o problema da ação humana) e o filósofo é entendido como aquele que faz uso público da razão, ao usar sua liberdade de pensar diante de um público letrado. Immanuel Kant foi um filósofo de grande reputação, um dos maiores pensadores da filosofia do Iluminismo (movimento cultural do século 17 e 18, caracterizado pela valorização da razão como instrumento para alcançar o conhecimento). Como autêntico representante da filosofia do século 18, era defensor incondicional do papel da razão no progresso do homem. Ao buscar fundamentar na razão os princípios gerais da ação humana, Kant elaborou as bases de toda a ética que viria a seguir. A formulação do famoso "imperativo categórico" guiou seu pensamento no campo da moral e dos costumes. Kant criou duas obras magistrais, a "Crítica da Razão Pura"(1781) e "Crítica da Razão Prática" (1788). O Iluminismo foi também a filosofia que norteou a Revolução Francesa, e teve em filósofos como Voltaire, Jean-Jacques Rousseau e Denis Diderot seus grandes expoentes. Já o Criticismo kantiano surge no século XVIII, na confluência do racionalismo, do empirismo e da ciência física-matemática. Seu percurso histórico está marcado pelo governo de Frederico II, a independência americana e a Revolução Francesa. O ponto de partida do Kantismo é o problema do conhecimento, e a ciência, tal como existe.

    http://arvei-alves.blogspot.com.br/2012/05/nova-forma-de-pensar-dafilosofia.html

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